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Ao longo de mais de quatro séculos de existência, o repertório operático tem-se maioritariamente constituído como um repositório de histórias de amor, sedução, ambição, traição e vingança. Os seus enredos, porém, não raramente contêm ideias, conceitos e mesmo personagens pertencentes ao domínio da ciência, ou que, pelo menos, nele são inspirados – com particular destaque para a química.
Dos elementos primordiais da cosmogonia à alquimia, e desta à química moderna e à fissão atómica, que é como quem diz das óperas barrocas dos quatro elementos a Der Alchymist de Spohr, assim como de Madame Curie de Sikora a Doctor Atomic de Adams, esta palestra, em pleno Ano Internacional da Tabela Periódica, é uma celebração operática dos elementos químicos, dos seus descobridores e, claro, de Dmitri Mendeleiev.
