OFICINAS

 

 

 

As Oficinas do 26.º Encontro Ibérico Para o Ensino da Física destinam-se aos Professores do 3º Ciclo do Ensino Básico e Secundário. As oficinas funcionam em paralelo, só sendo possível frequentar uma oficina. Para efeitos de gestão das inscrições, cada professor deverá manifestar as suas preferências, atribuindo uma prioridade, numa escala de 1 a 5, às 10 oficinas oferecidas. A inscrição só é validada após pagamento da taxa de inscrição. Cada oficina admite no máximo 14 formandos.

 


 

  •  OFICINA 1  

“Atividades Experimentais Baseadas em Vídeo”

As Atividades Experimentais Baseadas em Vídeo (AEBV) são um recurso educativo recente que necessita de equipamento muito reduzido e ao alcance de qualquer escola e/ou estudante. As experiências são filmadas e os dados têm de ser seriados, recolhidos e tratados, tal como numa experiência real. 

Nesta oficina vamos usar vídeos “caseiros” e outros retirados da internet, e habilitar os formandos a usar as AEBV na aprendizagem da Física, como uma atividade de grupo com grande potencial de aprendizagem.

Responsável: Paulo Simeão Carvalho (Universidade do Porto)


  • OFICINA 2

“O ensino contextualizado da Física e a aprendizagem baseada na resolução de problemas”

Esta oficina centra-se na relação entre o ensino contextualizado da Física e a Aprendizagem Baseada na Resolução de Problemas (ABRP), do inglês Problem-Based Learning (PBL). O ensino contextualizado visa fomentar a ligação dos conteúdos ao dia a dia e, assim, aumentar a relevância da sua aprendizagem para o aluno. Por seu lado, o ensino orientado para a ABRP é uma abordagem didática centrada no aluno que permite a aprendizagem de conteúdos conceptuais, procedimentais e atitudinais a partir da resolução de problemas, sempre que possível reais, de preferência em pequenos grupos. Esta abordagem parece, por isso, adequada para concretizar o ensino contextualizado da Física e, assim, promover a formação científica dos alunos para a cidadania, desenvolvendo neles competências, não só específicas (ligadas aos saberes substantivos e procedimentais do âmbito da Física) mas também transversais, designadamente ligadas ao questionamento, à tomada de decisões sobre aspetos socio-científicos e ao aprender a aprender. A oficina incluirá uma componente teórica, de apresentação de conceitos e fundamentos, e uma componente prática, na qual os participantes, em pequeno grupo, terão oportunidade de analisar, reformular e desenvolver materiais didáticos que suportam a utilização desta abordagem.

Responsáveis: Luís Dourado e Laurinda Leite (Universidade do Minho)


  • OFICINA 3

Educação formal e não formal: desafios na aprendizagem da Física

A aprendizagem da Física vai para além da escola, da sala de aula ou do laboratório: ocorre também em contextos não formais (ex.: museus de ciência ou filmes de divulgação científica) que divulgam a Física a um público não especializado. Dado que estes recursos não foram criados com fins didáticos, é necessário implementar estratégias que ajudem os alunos a tirar partido dos mesmos. Nesta oficina pretende-se a) refletir acerca do papel dos contextos não formais na Educação em da Física; b) analisar criticamente materiais e experiências didáticas que fazem uso de contextos não formais; c) desenvolver materiais didáticos que permitam a integração dos contextos não formais no contexto formal.

Responsável: Ana Sofia Cavadas Afonso (Universidade do Minho)


  • OFICINA 4

“Física Experimental Olímpica”

Através da realização de uma experiência típica de Olimpíadas Regionais ou Nacionais de Física, abordam-se os aspetos mais relevantes para a preparação de alunos para as provas experimentais, nomeadamente os procedimentos experimentais, a apresentação de dados, o desenho de gráficos adequados, estratégias de análise de dados sem recurso a computadores ou a máquinas de calcular sofisticadas, estimativa dos erros de medida.

Responsável: João Manuel de Sá Campos Gil (Universidade de Coimbra)


  • OFICINA 5

“Sala de Aula do Futuro (SAFuturo)– Local ideal para a metodologia Inquiry-based learning”

A Sala de Aula do Futuro (SAFuturo) é um espaço modular, equipado com os mais modernos equipamentos de apoio ao ensino, e utilizado quer para a formação dos professores, quer para a utilização em experiências pedagógicas, envolvendo alunos. Serve ainda como montra para os equipamentos disponibilizados pelos diversos fornecedores de equipamentos, podendo ser utilizados e testados em contexto pelos diversos intervenientes do processo de ensino e de aprendizagem.

Nesta oficina os professores serão enquadrados neste espaço de aprendizagem, bem como na metodologia em que se baseia a sua utilização. Farão depois a elaboração de uma história de aprendizagem em que poderão aplicar a metodologia IBL num espaço com estas características.

Responsável: Carlos Jorge Gomes Barranha Lima da Cunha (Escola Sec. D. Manuel Martins)


  • OFICINA 6

“Simulações Computacionais em VPython para o Ensino Secundário”

Neste workshop será feito um curso rápido de introdução à linguagem de programação Python e ao seu ambiente gráfico VPython tendo em vista a implementação de pequenas simulações computacionais de sistemas físicos, enquadradas nos programas em vigor no ensino secundário.  Este sistema de programação de muito alto nível é gratuito e tem uma curva de aprendizagem rápida, permitindo a construção de simulações realistas num computador pessoal com um mínimo de esforço de programação, por professores e alunos. No workshop serão programadas de raiz e exploradas do ponto de vista didático algumas destas simulações.

Responsável: José António Paixão (Universidade de Coimbra)


  • OFICINA 7

“Da Universidade de Harvard à sala de aula portuguesa: Team & Project based Approach em curto-circuito”

Estudos internacionais revelam que a aprendizagem significativa só é possível se os alunos estiverem mentalmente ativos durante o processo de ensino-aprendizagem. Este processo é facilitado quando o professor proporciona tarefas alternadas e sistemáticas, em ambiente colaborativo. Na metodologia Team & Project-based approach (T&PBA), desenvolvida e implementada por Eric Mazur na Universidade de Harvard, o ambiente de aprendizagem consiste numa conjunto de atividades diversificadas (atividades de estimação, tutoriais, problemas conceptuais, atividades experimentais...), totalmente colaborativas (Peer Instruction) e segundo o modelo de aulas invertidas (Flipped Classrooms). Neste ambiente há breves momentos de exposição por parte do professor e não existe exame final, mas os alunos são continuamente avaliados, recebendo feedback constante. Esta metodologia tem vindo a ganhar expressão em todo o mundo, tendo sido já adotada em vários países, e em diferentes áreas, em Universidades de referência.

Neste workshop, os professores irão experienciar uma aula de Circuitos Elétricos, baseada neste ambiente de aprendizagem, adaptada ao 9.º ano de escolaridade. Depois de analisado o modelo, será feita uma prática reflexiva sobre o paradigma da avaliação e será discutida a adaptação do T&PBA à realidade nacional.

Responsável: Ana Rita Lopes Mota (Universidade do Porto)


  • OFICINA 8

“Raios Cósmicos de energia extrema e os dados públicos do Observatório Pierre Auger”

Raios cósmicos são partículas (protões ou núcleos de átomos) que chegam à Terra vindos de todo o espaço. A diversidade das suas energias e dos respetivos fluxos tornam-nos em objetos de estudo muitíssimo interessantes, levantando questões sobre a estrutura do Universo e dos objetos extremamente energéticos que o habitam. Portugal participa no Observatório Pierre Auger, situado no centro da Argentina e que ocupa 3 000 km2, que disponibiliza 1% dos seus dados para uso público em projetos educativos e de divulgação.

Neste workshop, iremos apresentar o tema dos raios cósmicos e sua diversidade de energias e explorar os dados públicos do Observatório Pierre Auger, tendo por base um guia desenvolvido por nós que pode ser utilizado por alunos do ensino secundário, com o apoio dos seus professores e de cientistas portugueses envolvidos com o Observatório.

Responsável: Pedro Abreu (Instituto Superior Técnico)


  • OFICINA 9 

“A propósito do LED Azul, Prémio Nobel da Física de 2014, e do Ano Internacional da Luz e das Tecnologias baseadas na Luz (AIL 2015)”

A eletricidade e o magnetismo não foram inventados, mas sim descobertos e progressivamente compreendidos. Um século antes de Maxwell, não eram mais do que uma curiosidade natural; cinquenta anos mais tarde tornam-se uma produção de laboratório.

A ligação entre a eletricidade e o magnetismo é traduzida por Maxwell, num jogo de quatro equações, a partir das quais emerge a propagação da radiação eletromagnética.

A invenção de LED’s de cor azul foi conseguida, na década de 90 do século passado, pelos investigadores japoneses Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura, laureados com prémio Nobel da Física de 2014 “pela invenção de díodos emissores de luz azul, que permitiram a existência de fontes de luz branca eficientes”.

A Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou o ano de 2015 como Ano Internacional da Luz e das Tecnologias baseadas na Luz.

Tópicos a abordar: Os obreiros da eletricidade e do magnetismo Indução eletromagnética Díodos Emissores de Luz Demonstrações experimentais.

Responsável: Cacilda Maria Lima de Moura (Universidade do Minho)


  • OFICINA 10

“Descobrindo a luz e a ótica"

Oficina de introdução à luz e à ótica centrada em atividades de índole experimental. Uma série de demonstrações e experiências serão realizadas e exploradas em temas como: a natureza da luz e suas propriedades incluindo coerência e polarização, frequência e comprimento de onda; velocidade da luz e índice de refração; os princípios básicos da ótica geométrica; interferência e difração; holografia e fibras óticas e guias de ondas.

Responsável: Manuel Filipe (Departamento de Física, Universidade do Minho)

 

 


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